Ó PESSOAL...

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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Fernando Peixoto


FERNANDO PEIXOTO



Hoje faço uma homenagem especial ao Historiador, Teatrólogo, Escritor, Professor e Poeta, Doutor Fernando Aníbal Costa Peixoto que partiu de nosso convívio, deixando aqui, a marca de uma Poesia inigualável, fragmentos de sua alma e de seus sentimentos. A este Grande Homem, Parceiro e Amigo, toda admiração.

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Apresento seu último poema que aconchegado neste espaço, mantém Viva sua Lembrança e Eterniza a Saudade... Sylvia Cohin

« RE-PARTINDO... »


© Fernando Peixoto

Sei que contigo vão partir
memórias de um tempo partilhado,
dias breves que hoje são passado
e podiam no entanto ser porvir.

Sei que levas na bagagem a lembrança
dos olhos nimbados de tristeza
mas também o brilho da bonança
que alimenta a tua natureza.

Mas se partes, apenas uma parte
vai contigo rasgando o mar e o vento:
que outra parte de ti já se reparte
na minha memória e pensamento.

24 de Agosto de 2008
FERNANDO PEIXOTO

* 25 de Julho de 1947
+03 de Outubro de 2008

Vila Nova de Gaia - Portugal

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2 comentários:

Branca disse...

Percorri por estes dias imensas mensagens de Homenagem a Fernando Peixoto e também eu própria o homenageei no meu sítio. Ficamos todos mais pobres com a sua partida. Homem de imenso valor cultural e humanitário.
Só agora e por acaso quando consultava no google uma informação sobre a sua tese de douturamento de que tanto me falou nos últimos tempos por estar ansioso por a acabar, vim encontrar por acaso o vosso espaço.
O Fernando acabou a tese, que tenho a certeza é uma obra grandiosa como outras que publicou, mas a doença já não lhe permitiu defendê-la.
Um dia destes voltarei, já me tinha apercebido do Clube, mas não tive muito tempo nos últimos meses para o conhecer melhor e me integrar.
Bem hajam por esta homenagem a este nosso amigo.
Deixo um abraço.
Branca

Anónimo disse...

Até…

Há tormentos assim…
Um vazio tremendo
Invade-nos a alma
E sentimentos difusos
Se perdem na calma.
Há momentos assim
Onde as palavras se esvaem
E o chão desaba…
Há lamentos assim…
Raios partam a secura
Neste deserto de ideias
Ou turbilhão de emoções.
Homem, amigo, amante
Herói, valente e errante
Para mim foste, és
E serás
A referência capaz
Um farol incandescente
A mágica lanterna
Alegoria da caverna…
És a voz da razão
Na razão grave da voz
És a fonte que jorra
E ilumina
Nesse sol que torra
Essa vida bonina…
Não há tempo que apague
Sonhos e virtudes
Apenas a memória
Que gentilmente afague
Toda uma história
De ilustres atitudes…

Obrigado, PAI.

Até… sempre.

Fernando Peixoto (filho)